No arkansas um fogo subterrâneo
fez furor ao longo da estrada estatal
mais perto,
mas ainda assim tão longínquas
do querer,
se ergueram
cúpulas de canaviais.
São trombetas, as canas
da nossa costa:
anunciam,
rebentam por dentro
a própria alegria da novidade.
Onde outros abusam
das suas características flexíveis
para a contrução,
as canas da nossa costa
permanecem intactas,
inúteis instrumentos
de navegação que ora
dizem água,
costa,
estio,
maldade,
ora rebentam
-sem precisar de flautas
nem precedentes-
à passagem das prometidas.
Na borda da estrada estatal
um par de pés dança sem termostato
um improvável samba
com o calcanhar na batida fraca
da cadência.
Na batida fraca,
na batida fraca.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
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2 comentários:
a cúpula (in vero abóbada) agradece
ante omnia mea culpa
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