sexta-feira, 13 de abril de 2012

prece de um pé ao outro


Um dos meus pés chorou
Junto à sarja
molhado, distraído

E se um é chora
como fazer do outro coto
o boto
o translúcido
que não se agita
que rosa obedece e branco acredita
nessa senda de lama/ toda cama

Meu boto só mais um nada de equilíbrio
sem lenço/ sem documento
leva este carpintado desalado em tua boca
Boto, amigo, cavalgas/ não nadas

1 comentário:

C disse...

Dez mil maneiras nesse abrigo acontecem, cobrindo a tão grosseiramente desnudada.
Apelo murmúrio suscita sem pensar, e a perturbação faz engrossar os sexos rumo a ela, inacessível...
Entrar nela o órgão interdito, o que mais devia esconder-se introduzi-lo entre as pernas distintas, sob o olhar sempre intruso. Rostos irradiantes de prazeres difusos, dos prazeres que ainda não se circunscreveram.