segunda-feira, 4 de abril de 2011

PAQUE À NEW YORK

Seigneur, la foule des pauvres pour qui vous fîtes
le Sacrifice
Est ici, parquée, tassée, comme du bétail, dans les hospices.

Desemboco intacta na coroa

desta corrida:
A cidade está cheia de
corredores mas por
todo o lado o desejo
de pontes e riachos
e aquela escala tão infantil,
abrem fendas nos meus sonhos,
confundem-me.
Mesmo a nova
ior
quer-se
bucólica. Sei-o quando no meu sonho
vejo toda a perfeição rural
continuamente -mas intacta-
perpassada pela turba de gente
empurrando.

Tudo isto para desaguar na cátedra
onde cada coluna inscreve a bronze
seus atributos e convoca
os respectivos discípulos
que alardem os louvores gravados
contra a frágil existência
do poema.
É a super-estrutura do engano, penso.
E logo depois acordo para uma
sala de convenções
e um corpo nu, disponível.
És tu, Eurídice,
ou sou eu?

Mas como despertar para a
oração matinal?
Em Nova Iorque não há sinos.



Benedita Escala

1 comentário:

m disse...
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