segunda-feira, 18 de abril de 2011

A EDIFICAÇÃO DA JANGADA DEPOIS DE JOSÉ LEZAMA LIMA CRESCER NO MAR

COMO AQUELE PÁSSARO PERSA, A JANGADA JORRA A PROA
NAS QUATRO DIRECÇÕES CARDEAIS
GOLPEADA POR UM GROTESCO EOLO
INEXAURÍVEL DERROTA -É A VITÓRIA?-
QUER DOBRAR A QUINA À CURVA

A PROA FABRICA UM ABISMO PARA
QUE O GRANDE VENTO LHE MORDA OS OSSOS
E CRESCEM OS OSSOS ABISMADOS
COM AS AREIAS QUENTES AS PEDRAS DO CORPO
DURANTE O SONO CRESCEM
E CRESCEM OS TOMATES COM O RELÓGIO CENTRAL

CRESCE NO AMOLE-CIMENTO A MADEIRA

El alción, el paje y el barco mastican su concéntrico.

GIRA A EMBARCAÇÃO EM DIRECÇÃO
A UM CENTRO DE SEDA
COM AS SUAS VELAS PRESUNÇOSAS
ATÉ SE ANCORAR NUM CÍRCULO
AZUL INALTERÁVEL
DE BORDAS AMARELAS
ATÉ SE ANCORAR NA QUADRICULADA LENTE
DE UM PRISMÁTICO

6 comentários:

Anónimo disse...

Presunçoso é este poema, se é que assim se pode chamar a um gritinho minado de ego. Nem o caps lock realiza milagres.

m disse...

Caro palerma, é pena que a ausência de nome lhe destitua qualquer voz- tínhamos aqui pano para mangas...

Antonio Poppe disse...

o ar bito do universo olha para nós e in.gulindo o apito diz que o poema é esplendor sem sob silente nem sobre minado - ele é a verdade ser viva, absoluta - a maria lima-nos, tem paciência oh anónimo, presunçoso é aquilo que não existe nem dá existir pra que será que se destina - toma lá com a rosa nordestina - é pena que seja a pena que não te deixa voar - voa e leva a voar beijangada flor flor flor

m disse...

espadachim de rosa em riste ALAS tudo o que não for a santa concordância

Antonio Poppe disse...

a vela sem nome pousa no colo em cuba -
ela - tecido de mar
um tesão de santa concordância

ACN disse...

q se foda o palerma isto está bastante certo, o resto l'écume des jours