quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
para tocar o outro lado da tua cara
Uma mudez tão inexorável quanto perfeita. A acrobática dança do desenraizamento* é um mortal no escuro de uma cabeça vegetal. E à limpa rigidez do eixo do olhar sucede uma infinda desmultiplicação prismada. Digo: é a vertigem. Depois a clareza desfeita e refeita por feixes de luz, depois o movimento imperceptível, absolutamente nulo mesmo, da respiração. Tentar o fôlego, o delírio, o mergulho arcolíríco e desfragmante, a mentira e, finalmente, o braço. Se estivesse em mim descreveria o mundo concreto em que toda esta acção se desenrolou. Há dias em que vale a pena arriscar a meticulosa descrição do desenho que o movimento de um certo braço (maciço) faz no espaço. Hoje não é um dia para explicações, hoje é um dia reservado à alegria. Em minúsculas doses, é certo. E com línguas bífidas.
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6 comentários:
:)
Desde que haja dose.
"desde que haja dose" há escrita branca
Ah, quanta repentina ternura pelo anonimato.
Desde que haja espontaneadade, há alegria.
MitoAma tactividente de falhas, iliquoidal afrondeamento da alegria em mininusculas
amalgamas
MitoAmo do fôlego coralmente
Luz na água
MitoAmaMonos, uma voz que floresce e nos transplanta, é certamente arcolirica.
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