terça-feira, 20 de outubro de 2009
SCENA I (Berlim)
Aquelas carpideiras envoltas
na poeira branca que tudo cobre.
A poeira branca que não é poeira,
nem é branca,
mas isso que se desprende à violenta morte de cada virgem
e que tudo cobre
como uma tristeza infinda
e que só pode ser classificada de
magnânima
poeira
branca
por não termos das palavras
a justa
medida
da desolação:
isso que é chorado
sobre uma erosão.
As carpideiras chorando a virgem chorariam a montanha.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário