terça-feira, 25 de novembro de 2008


Grande que és pela ferida que se abre pelo sono e que o dia não fecha.
Entras por aqui adentro e aqui ficas, sentada no tremendo trono da tua ignorância. Como o peixe com o menino dentro, que futuro é deixado a esta natação estrábica? Sempre a pesar para o mesmo lado, o crawl feito ele mesmo: rastejo.
Cara dura vete de mi, quiero dormir, nadar a gusto. Comer a fruta madura no limiar da podridão por creêr que a visão dos vermes me purifica a pequenina prova de natação.
Que o nojo me distraia do teu nome, a rebentar-me por dentro, boca, esófago, pleura. Amén.


Pára de me rondar ó leoa de olhos vagarosos, não vês que já rezei? Deixa-me em paz que quero dormir.

3 comentários:

Anónimo disse...

Sempre preferi nadar e adormecer de bruços. Hoje é mais indiferente, mas nunca recaio sobre o lado do coração, dizem que se morre mais depressa.



É tão bom ler-te.

Joana

m disse...

Hoje: cair de bruços num obrigada valente.


Maria

C disse...

"Pára de me rondar ó leoa de olhos vagarosos, não vês que já rezei?"