Eu queria mais a tua voz, queria mais brutais paredes em bronze para que ela ressoasse ad eternum e assim per omnia de um a outro lado, um vai e vem incessante da cabeça ao pés da deusa, para adormecer finalmente em corpo dentro de um sino e atarantar uma outra pulsão cardíaca.
Eu queria sempre a tua voz a crescer a crescer e a fazer-me cair.
Eu queria o mar maior, já não me purifica como a tua voz, o mar. A tua voz que veio para cavar mais ondas.
Desfaz a amplitude das tuas cordas que nasceram metálicas, cordas que são para nós um plano de fuga inatacável, cordas que abrem nós nos externos dos pobres cordeiros que somos aos pés dessa voz. Não, não, não. Três vezes não.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
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1 comentário:
!!
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