segunda-feira, 17 de maio de 2010
Vida índia
Uma aragem verde a principal prática periódica da lavra. Uma que sulca o próprio ventre, fibra, plasma, até à afinação do osso e sua total resplandescência. Uma pulição que não promete, só entrega e entrega e se entrega. Coroa uma espiral de entendimento a redenção que se desenrola num movimento ascendente, por dentro mesmo da fibra vegetal. Coroa o solo. Coroa o olho. Uma selvajaria que é o próprio método, o próprio mergulho, o próprio desdém.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
terça-feira, 4 de maio de 2010
Vamos ver.
A senhora afinca-se no ovo, como se este lhe pudesse trazer o voo que experimentara outrora. Perfura-o imperceptívelmente, faz escorrer nos sulcos todo o miolo; afina a casca em ossos miudinhos, filos luminosos; prepara qualquer coisa. Enganam-se todos os que a pensam saudosa - toda a alquimia por mais ensaiada prepara a espera. Ah, a senhora Clément está indo adiante, se está. Desembaraçada das coisas do mundo e dos jardins, H.C. pode finalmente abandonar-se à economia do excesso em que engendra os dias. Já sem falar das empresas esquemáticas que encetou e às quais se entrega, pulso e alma.
A construção de um jardim, quando finalmente se conseguiu o abandono sistemático de todas as clareiras de rosas da vida adulta é talvez um projecto caro, demasiado caro a um pequeno externo, pequenas mãos, pequeno crânio e respectivas clavículas. Mas um que permitirá os hibiscos.
A construção de um jardim, quando finalmente se conseguiu o abandono sistemático de todas as clareiras de rosas da vida adulta é talvez um projecto caro, demasiado caro a um pequeno externo, pequenas mãos, pequeno crânio e respectivas clavículas. Mas um que permitirá os hibiscos.
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