sábado, 31 de agosto de 2013

Rojo-como-la-muerte-el-nacimiento


ao mestre imarcial,



Essa vida,  
um fora de perigo
entre 
dois 
quentes

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

À vida de Maria



Como Rilke, também eu sou a que foi nomeada "Maria" para que tivesse cada passo purificado pelo nome. Aos dois nos apavorou tanta pureza, e dela a sua eficácia;
Como ele, também eu sou levada à -jamais!- rendição do leito. à desconfiança do decoro da luz do aparcado. estacionado;
desconfiança total nos êxitos do social, somos os dois juntos o que poderia chamar-se o antíporra dos magos do social, dos escaladores;
necessidade inata de transformação estrada abandono renovação força. que leva a fugir da família, dos amigos, da própria mulher.
assim no social, assim no íntimo (com as coisas)
desconfiança na ordem, nos sistemas, na arrumação. na ausência do movimento manifestado no quarto. como se estivesse coberto pelo inexorável manto da neve, ou como folha que não conhecesse o vento e do qual nunca houve perfume. no ritmo;
mesmo ansiando a imobilidade (que permite a via estável) perder-se, uma após outra, as pátrias até à língua; e depois ter que deixá-la, deixá-la por um punhado de estrela, estrada, nada.
como em cada conquista reside a sua derrota inefável derrota- a que traz o afastamento
ela se apresenta na sala, cintilante
sustendo com as duas mãos esse tabuleiro onde te espelhas lago
movimento
cadente
incande
scente
zumbido
zumbor
rumor
essa ausência do bem-comum: a nossa própria solidão.
aí a conquista quando ela se apresenta, consequente, tem nela a própria aversão a si, se vê no lago espelhada foge toca-se
a música fere a música!
 
Und sie erschraken beide.

oquesempresesoubeenuncafoidito, essa escrita que não existe.

a desconfiança cresce
e cresce e nos
anima a prosseguir

olhamos para trás, meu guia e eu, na estrada branca
já nem perguntamos:- "quem?"


15 de Agosto e o susto de ambos era coisa prevista

















quinta-feira, 15 de agosto de 2013

DE ACONCHA (Yoruba)

ao Flavio



ROJO
 .
como la muerte
.
el nacimiento
.

*

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Ay mamita



Quem conhece o umbigo do mundo? eu conheço o umbigo do mundo!


Ó deusa das divinas tetas
Ó absoluta copa da consciência
Ó sustentadora de árvores
e deleite

Ó Terra com o seu leite!

Tu que deste de comer do teu ombro
e de beber do teu lado
Ó clemente, ó pacífica, ó odorosa
Ó desejo de todos os seres que têm mãe
Vaso de prazer posto em segredo
Alívio da febre dos amamentados
Compraz-te, vamos
não te zangues ó fazedora de gemas
perpétuadora de brilhos
A montante e a jusante se estendem
as províncias dos que te nutrem

Ó Terra Mãe, dispõe-me
de forma feliz, 
para que a minha harmonia te fecunde
e te bendiga continuamente

& também que, na sua hora, 
o meu cadáver
te alimente



março 2011