sábado, 11 de dezembro de 2010

A Prática.

ābāhu puruṣākāraṁ śaṅkhacakrāsi dhāriṇam |
sahasra śirasaṁ śvetam praṇamāmi patañjalim ||

Tomando a forma de um homem até aos ombros,
segurando uma concha, um disco, e uma espada,
De mil cabeças brancas coroado,
A Patanjali, eu saúdo.

I.
Depois da chacina (crânios rachados ao meio)
os eleitos preparam o chão:
Delimitam o perímetro sagrado com minúsculas medalhas de lacre.
Aí dormirão, comerão, e se exercitarão
com as cabeças rentes àquelas medalhas
que delimitam o dojo-
então toda a sua vida uma missa e uma oração. Da prática.
então toda a vida -e por esta ordem- uma oração, um remédio, uma selva, uma vénia.

À mulher que sobrevive (misericórdia?),
espera-a outro perímetro,
o desdobramento interior correspondente à arena,
exíguo e exclusivo.
É a vénia às mil cabeças acima- o Canto.
E canta:
Patanjali me poupou,
escolheu-me para me ensinar.